Linda história ...

| 27 de março de 2009

Na quinta feira, dia nove, entre uma reunião e outra, o empresárioaproveitou para ir fazer um lanche rápido em uma pizzaria na esquina dasruas Yafo e Mêlech George no centro de Jerusalém.

O estabelecimento estava superlotado. Logo ao entrar napizzaria, Moshê percebeu que teria que esperar muito tempo numa enorme fila,se realmente desejasse comer alguma coisa - mas ele não dispunha de tantotempo.

Indeciso e impaciente, pôs-se a ziguezaguear por perto dobalcão de pedidos, esperando que alguma solução caísse do céu.

Percebendo a angústia do estrangeiro, um israelenseperguntou-lhe se ele aceitaria entrar na fila na sua frente. Mais do queagradecido, Moshê aceitou. Fez seu pedido, comeu rapidamente e saiu emdireção à sua próxima reunião.

Menos de dois minutos após ter saído, ele ouviu um estrondoaterrorizador. Assustado, perguntou a um rapaz que vinha pelo mesmo caminhoque ele acabara de percorrer o que acontecera. O jovem disse que umhomem-bomba acabara de detonar uma bomba na pizzariaSbarro`s... Moshê ficou branco. Por apenas dois minutos ele escapara doatentado. Imediatamente lembrou do homem israelense que lhe oferecera olugar na fila.

Certamente ele ainda estava na pizzaria.

Aquele sujeito salvara a sua vida e agora poderia estar morto.

Atemorizado, correu para o local do atentado para verificar seaquele homem necessitava de ajuda. Mas encontrou uma situação caótica nolocal.

A Jihad Islâmica enchera a bomba do suicida com milhares depregos para aumentar seu poder destrutivo. Além do terrorista, de vinte etrês anos, outras dezoito pessoas morreram, sendo seis crianças. Cerca deoutras noventa pessoas ficaram feridas, algumas em condições críticas.

As cadeiras do restaurante estavam espalhadas pela calçada. Pessoas gritavam e acotovelavam-se na rua, algumas em pânico,outras tentando ajudar de alguma forma. Entre feridos e mortos estendidos pelo chão, vítimasensangüentadas eram socorridas por policiais e voluntários. Uma mulher comum bebê coberto de sangue implorava por ajuda. Um dispositivo adicional já estava sendo desmontado pelo exército.

Moshê procurou seu 'salvador' entre as sirenes sem fim, mas nãoconseguiu encontrá-lo. Ele decidiu que tentaria de todas as formas saber o que aconteceracom o israelense que lhe salvara a vida. Moshê estava vivo por causa dele. Precisava saber o que acontecera, se ele precisava de alguma ajudae, acima de tudo, agradecer-lhe por sua vida. O senso de gratidão fez com que esquecesse da importante reuniãoque o aguardava. Ele começou a percorrer os hospitais da região, para onde tinhamsido levados os feridos no atentado. Finalmente encontrou o israelense num leito de um dos hospitais.Ele estava ferido, mas não corria risco de vida.

Moshê conversou com o filho daquele homem, que já estavaacompanhando seu pai, e contou tudo o que acontecera. Disse que faria tudoque fosse preciso por ele. Que estava extremamente grato àquele homem e quelhe devia sua vida. Depois de alguns momentos, Moshê se despediu do rapaz edeixou seu cartão com ele. Caso seu pai necessitasse de qualquer tipo deajuda, o jovem não deveria hesitar em comunicá-lo.

Quase um mês depois, Moshê recebeu um telefonema em seu escritórioem Nova Iorque daquele rapaz, contando que seu pai precisava de uma operaçãode emergência. Segundo especialistas, o melhor hospital para fazer aqueladelicada cirurgia fica em Boston, Massachussets.

Moshê não hesitou. Arrumou tudo para que a cirurgia fosse realizadadentro de poucos dias.Além disso, fez questão de ir pessoalmente receber eacompanhar seu amigo em Boston, que fica a uma hora de avião de Nova Iorque.

Talvez outra pessoa não tivesse feito tantos esforços apenas pelosenso de gratidão. Outra pessoa poderia ter dito 'Afinal, ele não teveintenção de salvar a minha vida: apenas me ofereceu um lugar na fila ' Mas não Moshê. Ele se sentia profundamente grato, mesmo um mês após oatentado. E ele sabia como retribuir um favor.

Naquela manhã de terça-feira, Moshê foi pessoalmente acompanhar seuamigo - e deixou de ir trabalhar. Sendo assim, pouco antes das nove horas damanhã, naquele dia onze de setembro de 2001. Moshê não estava no seuescritório no 101º andar do World Trade Center Twin Towers. (Relatado em palestra do Rabino Issocher Frand) 'Entrai pelas portas dele com gratidão, e em seus átrios com louvor;louvai-o, e bendizei o seu nome.' Salmos 100:4

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