Santo André
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Nota: Se procura outros significados do nome, veja Santo André (desambiguação).
Santo André | |
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Santo André, com sua cruz em forma de "X", e São Francisco, em quadro de El Greco. | |
Apóstolo, Mártir e Patriarca de Constantinopla | |
Nascimento | início do século I em Betsaida, Palestina |
Morte | 60 d.C. em Pátras, Grécia |
Veneração por | Toda a cristandade |
Principal templo | Igreja de Santo André, em Pátras, onde estão suas relíquias. |
Festa litúrgica | 30 de Novembro |
Atribuições | Crux decussata (cruz em forma de "x") |
Padroeiro: | Escócia; Ucrânia; Romênia; Rússia; Grécia; Sicília; Patriarcado de Constantinopla |
"Ele escolheu também André, Filipe, Bartolomeu, Mateus, Tomé, Tiago, filho de Alfeu; Tadeu, Simão, o Zelador". S. Marcos 3,18 | |
De acordo com Hipólito de Roma, ele pregou na Trácia[1] e sua presença em Bizâncio também é mencionada no apócrifo "Atos de André", escrito no século II[2]. Esta diocese se desenvolverá e acabará por se tornar o Patriarcado de Constantinopla. André é, por isso, considerado como seu fundador[3].
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[editar] Evangelhos
O Novo Testamento registra que Santo André era irmão de São Pedro, do que se pode concluir que ele também era filho de Jonas, ou João (Mateus 16:17; João 1:42). Nasceu em Betsaida, às margens do Mar da Galileia (João 1:44). Tanto ele quanto seu irmão Pedro eram pescadores, por profissão, e segundo a tradição Jesus teria lhes chamado para serem seus discípulos dizendo que faria deles "pescadores de homens" (em grego: ἁλιείς ἀνθρώπων, transl. halieís anthrópon).[4] André também teria ocupado a mesma casa que Jesus, no início da vida pública deste, em Cafarnaum. (Marcos 1:21-29) .O Evangelho segundo João conta que André era um discípulo de João Batista, cujo testemunho levou o próprio André e João, o Evangelista, a seguirem Jesus (João 1:35-40). André imediatamente reconheceu Jesus como o Messias, e apressou-se a apresentá-lo a seu irmão (João 1:41). A partir daí os dois irmãos se tornaram discípulos fiéis de Jesus. Numa ocasião posterior, antes do derradeiro chamado ao apostolado, passaram a ser companheiros mais íntimos, e abandonaram todos os seus pertences para seguir Jesus (Lucas 5:11; Mateus 4:19-20; Marcos 1:17-18.
André é mencionado nos evangelhos como estando presente em diversas ocasiões de importância, como um dos discípulos mais próximos de Jesus (Marcos 13:3; João 6:8, João 12:22); os Atos dos Apóstolos apenas o mencionam uma única vez (Atos 1:13).
[editar] Padres da Igreja
Eusébio de Cesareia, citando Orígenes, conta que André pregou na Ásia Menor e na Cítia, ao longo do mar Negro, chegando até o rio Volga e Kiev - daí que se tenha tornado padroeiro da Romênia e da Rússia. De acordo com a tradição, teria fundado a sede de Bizâncio (Constantinopla), em 38 d.C.,[5] e instaurado Estácio como bispo. Esta diocese iria posteriormente se transformar no Patriarcado de Constantinopla, do qual André é reconhecido como santo padroeiro.André teria sofrido o martírio através da crucifixão, em Patras (Patrae), na Aquéia. Embora os textos mais antigos, como os Atos de André, mencionados por Gregório de Tours,[6] descrevem que ele teria sido atado, e não pregado, a uma cruz latina, desenvolveu-se uma tradição de que André teria sido crucificado numa cruz do tipo conhecido como Crux decussata ("cruz em forma de 'x'"), comumente conhecida como "cruz de Santo André", e que isto teria sido feito a pedido dele próprio, que se julgava indigno de ser crucificado no mesmo tipo de cruz que havia sido usada para crucificar Cristo.[7] A iconografia familiar de seu martírio, que mostra o apóstolo atado à cruz em forma de 'x', não parece ter sido padronizada até o fim da Idade Média.[8]
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